sábado, 27 de março de 2010

MENSAGEM DE UM AMIGO RECÉM-DESENCARNADO

“Eu estava distraída quando percebi a chegada de um amigo, de uma pessoa que passou aqui pelo Vale e que teve apenas dois ou três contatos comigo.

- Ó, Tia, que bom lhe ver! Depois de tanto tempo, Tia, só agora me é possível ouvi-la. Passei muitos dias sentindo a sua presença, o seu amor, porém sem vê-la. Por quê, Tia?

- Porque você está em um plano e eu estou em outro!

- Mas o seu plano não é Universal, Tia? A senhora não é clarividente? Os clarividentes não penetram até a terceira dimensão?

- Sim, meu filho - falei - a minha transvisão ultrapassa realmente as barreiras, mesmo as ditas intransponíveis...

- Tia querida, está me ouvindo, e isto é tudo! Como é bom lhe ver e lhe ouvir. A senhora sabe de tudo que aconteceu comigo!...

- Não, meu filho, muitas vezes participo de tudo, vou ao socorro dos enfermos e, quando volto ao corpo, não desperto, a não ser em casos que exigem seguidamente minha presença. O que aconteceu com você é um caso demasiadamente comum e, graças a Deus, não houve necessidade para me despertar, despertar a minha mente quando volto ao corpo.

- Preciso desabafar, querida Tia. Preciso lhe contar toda a minha trajetória.

- Eu sei, meu filho, que vai lhe fazer muito bem. Está na mente dos Doutrinadores e médiuns Aparás (sensitivos). Salve Deus, meu filho! Pode começar. Tire os últimos resíduos da Terra, e que neste instante seja levado até aos Encantados e entregue aos Iniciados o mantra de sua vida!

- Salve Deus, Tia! Foi tudo tão maravilhoso... Eu estava com aquele problema cardíaco que a senhora sabia quando fui lhe consultar. Mal me punha de pé, estava sempre seguro no ombro de Dulce, me equilibrando das tonteiras e com pontadas dolorosas na coluna. A senhora, para me aliviar, me disse que eu nada tinha, que era um problema espiritual, muita mediunidade incubada, e me mandou falar com Pai Jacó. Pai Jacó me disse palavras de conforto, belas palavras, e depois me disse que meu caso era de internamento. Fiquei três dias na pensão do Edivaldo, de quarta-feira a sábado. No sábado, fui procurar Pai Jacó e ele novamente me falou que meu problema era espiritual e que na frequência dos meus Retiros haviam se libertado três elítrios. E, realmente, eu já caminhava sozinho, vinha buscar minha água de Pai Seta Branca, e subia sozinho até a pensão do Edivaldo. Recebi muito carinho do Alencar, palestrei com o Eurides. Ele me contou como veio parar aqui no Vale do Amanhecer e da sua dedicação à senhora, também. Estranhei a atitude de Pai Jacó em me mandar de volta ao hospital, porque eu estava tão bem como nunca. Dulce, minha companheira, estava satisfeita, pois nunca me vira tão bem como eu estava me sentindo. Os dias que permaneci aqui no Vale me abriram uma nova perspectiva. Comecei a me preocupar com as coisas que não havia feito, com as oportunidades que tive em mãos para fazer o Bem e, no entanto, deixei de fazê-lo! Graças a Deus, nunca fiz mal a ninguém. Sim, conscientemente, nunca fiz mal a ninguém. Senti que era outro homem, com novas forças, com as forças do Bem brotando dentro do meu coração! Comecei, então, a pensar na morte como um alívio. Lembrei-me de que eu e Dulce, minha mulher, nunca tivemos um filho e nunca tive coragem para adotar uma criança, o que era o grande desejo de Dulce. Lembrei-me, também, de uma mulatinha, uma mulherzinha que havia se prostituído e fizera tudo para nos dar uma filhinha, e eu não aceitei. Dulce chorou muito por causa de minha intransigência. Com a minha doença, ela se dedicou inteiramente a mim. Porém, senti que a havia magoado, pois ela apegou-se à família e queria sempre voltar para o Rio. Eu era um sargento reformado. Senti que minha missão com a família de Dulce já havia terminado. Depois de minha permanência no Vale eu pensava que, com a minha morte, Dulce voltaria para o seio de sua família, e tudo ficaria bem. Comecei a ver o meu egoismo: ficava bom para ela, como aconteceu realmente! Seguindo as palavras de Pai Jacó, embora sem saber a razão de me internar pois me sentia tão bem, saí no domingo do Vale e fui para casa. Comecei a passar mal. Foi horrível, só tendo alívio quando sentia a presença de Pai Jacó ou tomando a água de Pai Seta Branca. De segunda para terça eu me internei no Hospital das Forças Armadas. Ah, Tia, que beleza! Foi tudo tão fácil! Senti uma forte dor na nuca, que foi se acentuando, e, por último, uma dor no peito. Eu fui ficando leve, leve, leve... Comecei a fazer força para me deitar. Pensei: estou no Vale do Amanhecer. Comecei a mentalizar aquela confusão, enquanto me sentia cada vez mais leve, até que ouvi minha mulher chamando a enfermeira, dizendo: ele está morrendo, ele está morrendo!... Não sei por quanto tempo ouvi essas palavras de desespero. Comecei a ter medo, até que entrei em transe. Naturalmente, a minha mente entrou no nível etérico, onde fui prestar as contas com o meu corpo. Eu, que até então estava leve, comecei novamente a pesar, sentindo o calor dos fluídos maléficos do meu corpo. Comecei, então, a me lembrar dos trabalhos de Pai Jacó. E o que poderia estar acontecendo comigo? Comecei a me ver andando para a pensão do Edivaldo, com uma garrafa de água fluidificada, ouvindo Pai Jacó me dizer: “Você já perdeu muito tempo... Vá para o hospital se tratar e venha fazer a caridade!” Pensava no jovem aparelho de Pai Jacó (Gomes), que já havia feito tanta caridade. No entanto, eu, com 58 anos, nada fizera! Tudo era suave, como se nada de mais houvera acontecido. E as visões foram se apagando. Por mais que fizesse força, nada via e nada sentia, nem mesmo dores que me dessem algum sinal do que estava acontecendo. Era como se estivesse dentro de um avião parado no espaço. Não tenho noção de quanto tempo durou esta operação. E quando me vi em outra situação, numa rica e hospitaleira mansão, estava sozinho, inteiramente sozinho! Estava envolvido por uma grossa neblina, a poucos passos de mim, num ambiente todo coberto por uma luz lilás, cuja intensidade variava de conformidade com minha mente. Não tenho noção do tempo. De repente, alguém me chamou pelo nome. Importante: não era o meu nome, porém eu sabia que era eu! Um nome completamente diferente. Começaram os primeiros fenômenos. Enquanto esse homem falava (a voz era masculina), a névoa ia se desmanchando, clareando, passando do lilás escuro para lilás mais claro. O som de belíssimos sermões mântricos foi firmando minha mente no encanto daquelas palavras. Senti balançar o meu corpo de coisas que havia feito. De quando em vez pensava estar sonhando um lindo sonho. De quando em vez, voltava à realidade. Ora sentia saudade, ora sentia desejos de vícios diversos. A paisagem mudava de acordo com meus pensamentos. Fui, então, me conscientizando dos fatos. O sermão continuava, dizendo coisas de que nunca me esqueci: “Homens endurecidos! Penetrem em seus corações e examinem as suas consciências. Vejam o que é possível fazer. Permanecerão sete dias dentro das suas próprias consciências. Não terão desejos. Depois, então, voltarão com as suas mentes à Terra e de lá partirão para onde lhes aprouver.” Fiz um esforço muito grande querendo dizer: Onde estou? Qual é a minha condição? Mas minha voz não saía. Porém, tive resposta: “Terás que permanecer aqui ainda por mais noventa e seis horas. Dentro de ti entenderás melhor. O Homem vive na Terra a volúpia dos seus dias... Sua única preocupação é com sua própria segurança material, esquecendo-se da verdadeira missão, do que foi fazer realmente. Na Terra, o Homem vem para restituir o que destruiu. O Homem não tem forças para chegar aos mundos superiores enquanto sua mente estiver sob o peso da destruição que causou!” De fato, Tia, tentei me levantar de Pedra Branca, de onde estava, mas acredito que nem o super-homem o conseguiria. Foi então que me passaram pela mente minhas faltas, na concentração daqueles dias. Senti imensa frustração pelo que havia feito. Interessante, Tia, que eu não senti tanto pelo que fiz, mas, sim, pelo que deixei de fazer. Quantas pessoas a quem deixei de ajudar, e as quais desprezei! Ia deixar, agora, a Pedra Branca, porque foram sete dias dentro de mim mesmo. Em todas as minhas orações me lembrava de Pai Jacó e de seu aparelho; a todo instante tinha a impressão que ele chegava ali. Durante estes sete dias, ninguém vi e nada senti. Somente tinha respostas do que eu pensava. Lembrei-me, também, da minha pobre Dulce. Tudo isso, porém, eram lembranças longínquas. Minha preocupação era, realmente, com as coisas que não fizera, que passaram por mim e eu deixara de fazer. Lembrei de José, um subalterno que teve tanta necessidade de mim e a quem não ajudei, por quem nada quis fazer. Eis que chegou a hora de sai dali. De repente, tudo se modificou: achei-me numa grande rodoviária, iluminada pelo mesmo clarão lilás. Vi saírem pessoas com diversos destinos, sem saber para onde. Foi quando ouvi uma voz de comando superior ao nosso plano ali: “Destino para a Terra! Equilibrem-se para a viagem!” Levei o meu pensamento imediatamente ao Vale do Amanhecer. A voz de comando avisou a chegada na Terra. Cheguei pela manhã, Salve Deus! Parecia que havia chovido, porém, Tia, não tenho muita certeza. Comecei a enxergar com dificuldade e as coisas mudavam conforme meus pensamentos. Mudavam, porém nunca saiam daquele lilás baço, mais claro ou mais escuro. Senti muita saudade e pelejava para saber quem era eu realmente. Se alguém perguntasse meu nome, passaria vexame, pois não sabia! Ouvi tocar a sirene e me lembrei de Edivaldo. Fui até lá, mas não enxergava direito. Ele passou por perto de mim e segurei o seu braço, balbuciando alguma coisa. Ele não me atendeu. Tocou a sirene outra vez. Eu voltei e entrei no Templo, indo parar na mesa branca. Enxerguei luzes, muitas luzes, que desapareceram de repente, ficando novamente a luz lilás. Olhei aqueles médiuns ali sentados e não vi Pai Jacó. E antes que pensasse, senti um forte safanão e fui atirado em um aparelho, um homem. Comecei a chorar com todas as minhas forças. Meu Deus! Onde estou, para onde irei? - pensava. Essas perguntas me torturavam e fiquei irritado. Dei um grito. Um Doutrinador me explicou: “Que tens, irmão? Calma! Este corpo não é seu. Comporte-se direito...” Senti uma grande vergonha e voltei a chorar. O Doutrinador continuou: “Quando estavas neste mundo, nada fazias. Agora, precisas saber que este corpo não é teu.” Quis dizer: Pai Jacó me proteja, pelo amor de Deus! Então, me aconteceu um fenômeno: Ouvi Pai Jacó me dizendo: “Filho, estás com Deus! Se receberes a doutrina desses médiuns, que estão te dando esta oportunidade, partirás para outros mundos!” Aquelas palavras foram caindo em mim como o orvalho cai sobre a flor. Pai Jacó, meu paizinho, não me desampare! Enquanto eu me preparava, o médium se contraía pelos maus fluidos da desencarnação recente, que hoje eu entendo tão bem! De repente, me desprendi dos meus benfeitores e passei pelo processo da verdadeira desintegração. Fui jogado para uma estufa que se ligava aos meus benfeitores. Saí e, então, avistei uma cidade diante de meus olhos. Foi quando me dei conta de que havia morrido! Comecei a sentir saudade de minha pobre Dulce e a me preocupar. Não sei por quanto tempo durou esta situação. Fui internado em um hospital e lá começaram meus conflitos. Ficava a olhar tudo quanto podia ver, maravilhado, porém com uma angústia terrível. Sofria profunda insatisfação ou a falta de algo, de alguma cousa que deixara de fazer. Pensei que sentia falta da Dulce. Pedi ao meu Mentor que me levasse até onde ela estava, e fui. Porém, me senti tão inútil! Perseguiam-me as recordações do cabo José, da criança que eu deixara de adotar... Pedi ao meu Mentor que me desse uma nova missão, porque aquela já estava perdida. Pedi para voltar imediatamente. Estava de volta quando me deparei com o cabo José no mesmo plano meu. Fui correndo ao encontro dele, chamando-o como um desesperado, e, por duas vezes, ele virou-me o rosto! Continuei e parei à sua frente dizendo: “Não sabia que você havia morrido!” “Como? Como não sabia? Eu lhe havia dito que estava com pneumonia e precisava de um internamento. O senhor me virou as costas e, ainda mais, mandou que eu seguisse em frente! Não aguentei, e uma forte hemoptise me fez cair ali mesmo, esvaindo-me em sangue.” Meu Deus! Caí de joelhos diante do cabo, pedindo-lhe perdão. Oh, Tia Neiva, foi horrível! Ele virou-me as costas e desapareceu numa fila enorme. Meu Deus! Não fui apenas malvado, porém muito pior, fui desumano, não existindo amor em meu coração. E aqui estou, sofrendo angústias e frustrações pela missão perdida. Fui ao Ministro pedir uma nova oportunidade para voltar à Terra, e foi mais um vexame por que passei. Os Mentores me negaram, dizendo que ficaria para resolver o que realmente me restava fazer!” (Tia Neiva, 30.11.75)

· “A cada dia nossas responsabilidades estão aumentando e, por isso, é preciso ficarmos cientes da vida fora da matéria. É muito fácil o espírito dela se compenetrar, porém não é fácil se adaptar! Nos mundos espirituais ou mundos fora da matéria, a vida se compõe de positivo e negativo, isto é, homem e mulher. O espírito do homem continua homem e o espírito da mulher continua mulher. Apesar de ser afirmado por alguns iniciados que o espírito não tem sexo, os meus olhos dizem o contrário. A adaptação do Homem na vida fora da matéria é difícil porque sente muita saudade de suas coisas e dos seus entes queridos, nas suas concepções másculas de Homem terreno, isto mesmo com o amor dos puros (força de expressão). Os espíritos libertos vivem em suas dimensões e se amam... Se amam com a ternura dos anjos!” (Tia Neiva, 26.6.65)

· “Em nossas cegueiras às vezes amaldiçoamos nossas vidas por não compreender o que fomos e o que nos espera. Nos desequilíbrios dos nossos obscuros raciocínios, habituamos a proceder de maneira irracional com a gente mesmo, chegando mesmo a ultrapassar as barreiras dos nossos destinos, de nossas louras auréolas, cujas vidas se tornam dolorosas, e por todos os pontos da Terra o clamor, quando chega o término da grande viagem, desembarcamos sem uma única coberta que nos possa cobrir no longo frio do último porto. E, em vez, lhe resta o que deixou, ouro e prata, e consigo levar a tua última herança, que é o conflito da desarmonia interior. É fácil presumir o que nos resta, como, também, até onde a nossa capacidade pode chegar. Todos nós conhecemos a linha divisória entre o visível e o invisível, entre o objetivo e o subjetivo, entre o sonho e a realidade. Se assim pensarmos, talvez nossas vidas não sejam tão alucinantes e nos dê tréguas a um conhecimento profundo e honesto. Por conseguinte, antes, muito antes do desembarque, já estaremos livres para receber nossos amigos e, também, os que se dizem nossos inimigos.” (Tia Neiva, 15.6.79)

· “Meu filho: A mensagem da Vida é a mesma mensagem da Morte. Choramos ao partir para a Vida, ao ver desintegrar o que é nosso... Choramos, também, com tristeza, ao sentir o desintegrar da Vida na Morte, não sabendo o que espera a Vida nas vidas, longe da Morte...” (Tia Neiva, 2.9.80)

· “Filho, não chores por uma simples despedida, porque, na estrada rude da Vida, terás sempre um adeus e uma partida. Conhecemos a Vida quando conhecemos a Morte! Saber esperar é crer em nós mesmos...” (Tia Neiva, 31.1.84)

· “O espírito humano, ou o espírito em sua condição de encarnado, é simplesmente um espírito revestido por um corpo físico, com sua força subdividida pelo plexo físico e pelo microplexo, e que, ao desencarnar, simplesmente se liberta do corpo, seguindo o curso natural de sua evolução. Quando o espírito desencarna, fica o plexo físico. Desprendem-se o microplexo e o macroplexo, que vão se apurando, apurando, até que o espírito se torna divino e conquista o terceiro plexo: Pai, Filho e Espírito Santo - Santíssima Trindade ou Chave do Verbo Divino! Falamos aqui no espírito fora da matéria, em sua vida além física, Salve Deus!” (Tia Neiva, 3.6.84)

· “Jesus! Sei que chegará um dia em que perderei de vista a Terra e a vida se despedirá aqui, em silêncio, com a cortina pela última vez sobre os meus olhos! Não indagues o que levo comigo ao partir. Seguirei viajem de mãos vazias, mas com o coração esperançoso! Jesus! Quando penso neste fim para os meus instantes, rompe-se o dique dos mantos e vejo a Luz da Morte e o Teu mundo, com seus tesouros incomparáveis. Amanhã o Sol nascerá como sempre, as horas passarão, como as ondas do mar se arremessando contra os rochedos... Os prazeres... As mágoas... As coisas por que suspirei em vão!... E as coisas que obtive - todas, todas perecíveis... Deixa-me, agora, possuir só a Verdade! O que vejo é insuperável! Sejam estas, quando eu partir, as minhas últimas palavras...” (Tia Neiva, s/d)

DESENCARNE

Quando parte um ente querido, após cumprir sua missão nesta encarnação, a maioria das pessoas sente um grande vazio, dilaceradas pela angústia e com o desespero minando suas energias, a revolta se insinuando em seus corações, que pulsam destroçados pela dor da separação. Na Doutrina do Amanhecer nós entendemos a Morte como uma bênção de Deus, pois sabemos que aquele espírito que deixa o corpo está nascendo para uma nova Vida, e sua passagem pela Terra foi apenas uma etapa de um longo aprendizado. Teve bons e maus momentos, riu, chorou, sofreu e teve seus momentos felizes, dentro do ciclo que corresponde a mais uma vida: nascer, viver e morrer! O desencarne ou a morte tem sido, desde tempos antiquíssimos até hoje, uma questão enigmática para a Humanidade. Homens sem fé, sem qualquer religião, com suas mentes científicas, ficam perplexos diante da morte. Seria o fim de tudo? Geralmente interpretada apenas como a degradação física, a morte, na nossa Doutrina, é aceita de forma tranquila, pois nosso conhecimento supera o sofrimento, embora isso não nos isente da saudade daquele irmão que partiu. Sabemos que aqueles seres que amamos não desapareceram, não foram aniquilados: sobreviveram, modificados em suas estruturas, em outras expressões vibratórias, continuando a receber nossas vibrações de amor, de saudade, de carinho. Em nossa Corrente, a morte só nos preocupa sob um aspecto: a morte do espírito, impedido de se manifestar pelo baixo padrão vibratório, pela falta de disciplina pessoal, pela incapacidade de manipulação das energias, submisso às ações de predominância material: defeitos, ódios, intolerância, vaidade e revolta. O que comumente se chama morte é, para nós, apenas o desencarne. Sabemos que é preciso morrer para nascer. Na nossa Iniciação, determinamos a morte de nossa personalidade, e só conseguiremos evoluir em nosso estado iniciático se conseguirmos nos despojar de tudo o que seja negativo em nossa personalidade. Para passar por esta porta estreita do desencarne temos toda uma preparação. A fagulha divina (*), a centelha extra-etérica que liga o espírito ao feto, no terceiro mês de gestação, começa a ser desprendida, 24 horas antes da morte clínica ou física. Isso acontece tanto para aqueles que têm a chamada morte natural - por doenças ou inviabilidade vital - como com os que são vítimas de acidentes, em que o espírito é liberado antes do choque fatal, de modo que não tem idéia do trauma físico. Os Médicos do Espaço, que fizeram a ligação, trabalham na liberação. Livre, o espírito se projeta pelo chakra (*) laríngeo ou da garganta, e se coloca em posição invertida ao corpo, isto é, com sua cabeça sobre os pés do corpo, ficando em posição bem elevada. Logo, começa a baixar lentamente, sugando o magnético animal do corpo, carregando-se com todas as energias de tudo que realizou naquela encarnação, recebendo fluidos e emanações que vão formando um novo corpo, que leva consigo a alma e a conserva enquanto está a caminho. Enquanto o espírito estiver ligado à alma, permanece no campo vibratório dela e se sujeita às leis que regem esse plano. A energia que havia servido como “solda” fica no cadáver, passando a se chamar charme (*). Esta fase de absorção do magnético animal dura cerca de 24 horas, motivo pelo qual os velórios demoram esse tempo, durante o qual o espírito recém-desencarnado recebe energias dos que ali estão, percebendo, também, os sentimentos daqueles que estão velando o corpo. Depois de retirar todo o magnético animal do corpo, o espírito é levado, por força magnética, para o primeiro ponto de contato com o Plano Espiritual: Pedra Branca, onde ficará por tempo correspondente a 7 dias terrestres. Pedra Branca é um local onde estão muitos espíritos, na mesma situação de desencarnados, mas não se vêem, isolados totalmente uns dos outros por uma barreira de neutrom, ocasionalmente ouvindo vozes, sermões e mantras, muitos sem terem consciência de seu estado de desencarnado. Ali, o espírito tem oportunidade de lamentar-se, alegrar-se, se maldizer e de fazer reflexões, avaliar sua encarnação como se, em uma tela projetada em sua mente, passasse toda a sua jornada detalhadamente. Vê as oportunidades que lhe foram dadas; as boas ou más coisas que fez; o que havia se comprometido a fazer, antes de reencarnar, e o que cumpriu; o que deixou de fazer! Exceto para espíritos de maior grau de evolução, ao sair de Pedra Branca, após o sétimo dia terrestre, o espírito inicia sua jornada de acordo com seu padrão vibratório, indo para uma Casa Transitória ou necessitando energia animal, para prosseguir até o Canal Vermelho (*), e isso é obtido por sua condução à Mesa Evangélica. Se seu Mentor não consegue encaminhá-lo, impedido pelo próprio padrão vibratório daquele espírito, ele se afasta e o deixa entregue ao destino que foi escolhido pela afinidade vibratória. Existem espíritos que permanecem longo período como se estivessem mortos, arraigados em suas mentes negativas, dominados por ódio e rancores, de tal forma que perdem seu corpo espiritual, originando os elítrios (*) ou ovóides. Outros espíritos se tornam errantes, por período que pode durar dias ou séculos, sendo atraídos por outros espíritos, ingressando em legiões do Vale das Sombras (*) e só se libertando quando, aliviados por trabalhos desobsessivos, possam se voltar para Deus e receberem ajuda dos Planos Superiores. Existe, sempre, o peso da responsabilidade, do conhecimento, e é engano pensar que um Jaguar jamais vai para o Umbral (*), pois se fugir de sua conduta doutrinária, de suas metas cármicas, tem o espírito do Jaguar uma queda muito maior do que aquele que não tem Doutrina e, por isso, não tem o conhecimento que nossa Doutrina proporciona. Por isso, o sofrimento do Jaguar que sai de seu caminho é muito maior. O espírito desencarnado possui estrutura molecular densa que vai se tornando mais leve quando doutrinado, sendo fluidificado pelos trabalhos, até que consegue suficiente leveza para ser magneticamente projetado a um hospital ou a um albergue dos planos espirituais, retomando sua marcha evolutiva. Os parentes e amigos que aqui ficaram devem evitar mentalizar aquele que desencarnou, ansiosos por senti-lo, falar-lhe ou ouvi-lo, pois isso gera também angústia naquele espírito que não pode comunicar-se, ainda, por condições que levam sempre um longo tempo para serem superadas. Sabemos que o amor não tem barreiras e, por isso, vibrando amor e agradecimento por termos podido conviver e compartilhar momentos preciosos com aquele espírito, aguardando com esperança um futuro e feliz reencontro nos Planos Espirituais, temos a certeza de que estaremos em contato e ele se sentirá feliz ao receber as emanações de nossas vibrações isentas de mágoas, ressentimentos ou aflições. O certo é que não podemos deixar de estar preparados para a Morte, pois nunca saberemos o momento em que chegará nosso desencarne, pois isso depende de muitas coisas. Não existe uma data marcada. Pode ser mais breve ou mais demorado, dependendo da trajetória de cada um, de seus atos, de suas ações e reações, de sua dedicação, de seu amor, de seu desprendimento. Por isso devemos aprender a conviver com a morte, a pesar nossas ações para que possamos estar preparados para a partida daqueles a quem amamos e para a nossa própria partida, confiando em nossos Mentores para que sejam momentos de paz e harmonia. Já existem estudos científicos, em diversas partes da Terra, que visam esclarecer a humanidade sobre o momento da morte ou do desencarne. Um psiquiatra - Raymond A. Moody Jr. - coletou impressões de numerosos pacientes que haviam passado pela experiência de morte iminente (EMI), e publicou um livro - Vida após a Morte -, em 1975, que desencadeou ondas favoráveis e objeções furiosas na comunidade médica internacional. Os estudos sobre o assunto se intensificaram, e foram realizadas pesquisas em diversas universidades e hospitais com pacientes que haviam passado pela EMI. Chegaram à conclusão de que havia algo, num campo onde a Ciência atual ainda não tinha como certificar, tendo, em linhas gerais, sido isolados cinco pontos fundamentais de experiências de EMI que consideraram básicas: paz e sensação de profundo bem-estar; desprendimento do corpo físico; passagem por uma espécie de corredor escuro; visão de uma luz de brilho muito intenso; entrada em um ambiente de luz e paz; e visão de entes queridos que já haviam morrido. Tudo isso se completava com a ordem de voltar ao corpo, pois ainda não era chegado o momento do desencarne. E, assim, o paciente retornava ao corpo físico e, independentemente de sua raça, religião, posição social ou convicções individuais, passava a ter uma nova visão sobre a morte, com significativas alterações em suas perspectivas de vida. Um aspecto que intriga os pesquisadores é que alguns pacientes têm visão totalmente diferente, com ambientes hostis e sofrimentos. Isto porque os cientistas não entendem, ainda, a afinidade espiritual e o merecimento de cada um. Outro ponto que tem gerado muita divergência é o que se refere à doação de órgãos. O Jaguar sabe que nada desta matéria se leva para a outra vida e que, mesmo se faltar uma perna ou um braço nesta encarnação, seu corpo etérico estará perfeito. Daí, que se houver doação de seus órgãos após sua morte física, é uma caridade que estará fazendo ao próximo se puder ser transplantado seu coração, ou suas córneas, ou seus rins, etc., proporcionando melhor condição a quem necessita de um órgão saudável. O corpo físico, após poucas horas, entra em processo de decomposição e tudo se deteriora e se perde. O que puder ser de proveito para outros irmãos pode ser utilizado, sem qualquer prejuízo para aquele espírito que se libertou da matéria. (Veja DESENCARNADO)

FONTE:http://www.valedoamanhecer.net.br/index.php?pagina=26

quarta-feira, 24 de março de 2010

PASSE MAGNÉTICO

O passe magnético alivia o plexo, dele retirando todas as impregnações pesadas, principalmente através dos chakras (*) umerais, por onde são eliminadas as impregnações das incorporações. É um trabalho iniciático, uma verdadeira transfusão de forças, e, por isso mesmo, deve ser aplicado de forma correta pelo Doutrinador, que posicionado de pé, atrás do paciente sentado (que não deve estar com as pernas cruzadas e, se possível, deve manter suas mãos sobre os joelhos, com a palma voltada para cima), busca a energia de seu plexo, eleva seus braços, cruza as mãos e emite: “Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!”, enquanto desce os braços e leva as mãos cruzadas à altura do Sol Interior do paciente; em seguida, à sua testa (chakra da 3a. Visão) e, depois, às costas, na altura da ponta dos omoplatas, área em que se situam os chakras umerais, onde dá três toques suaves, nos quais as palmas das mãos tocam plenamente as costas do paciente, com firmeza mas sem forçá-las e sem alterar as posições, completando os sete toques (plexo, cruzamento das mãos, Sol Interior, testa e 3 toques nas costas). Em seguida, faz a descarga, estalando seus dedos na parte lateral de seu corpo, fora da sua aura. Não deve voltar as mão ao seu próprio plexo, pois estaria descarregando toda a energia negativa em si mesmo. Depois, o Doutrinador faz a limpeza da aura do paciente, sobre seu chakra coronário. e emite o segundo “Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!”; e faz a limpeza nas laterais da cabeça do paciente, emitindo o terceiro “Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!”. Na Indução, por serem aplicados os passes por Ninfas Missionárias e pelo Comandante usando sua capa, os passes não chegam ao Sol Interior, sendo apenas dados os toques na testa e nas costas dos pacientes. Na Estrela Candente, também pela posição do Apará que fica em pé diante do Doutrinador, o passe é dado somente nesses dois pontos. Nos trabalhos de Junção e Indução, os Comandantes devem ter a preocupação de arrumar os pacientes sem ficarem muito juntos, de forma a permitir a correta aplicação do passe. Caso seja aplicado o passe magnético em casa, para alívio de alguma carga negativa, deve ser aberto o trabalho com uma prece - o Pai Nosso - e feita ligeira harmonização, porque se trata de um trabalho, embora simples, mas de grande magnitude, pois se realizam transfusões de força magnética animal do Doutrinador e da energia fluídica espiritual trazida pelos Mentores para aquele que está recebendo o passe. Por isso, o bom resultado do passe depende não só do padrão vibratório de quem o aplica como, especialmente, do real merecimento de quem o recebe.
http://www.valedoamanhecer.net.br/index.php?pagina=39
fonte:

PARTIDA INICIÁTICA

· Ainda não tirastes os velhos ressentimentos e, com palavras, estás colocando mais terra em teu coração! O sacerdócio é amor, tolerância e humildade. Ser porta-voz de tua Mãe Clarividente é algo difícil. Porém, lembra-te dela e terás força para prosseguir. Por que todo este acervo que te cerca? No dia em que alguém for tratado diferente, todos fugirão... Filho: não há qualquer mal em nossa Doutrina. O Homem do sertão pode fazer seu Templo no estilo do Templo-Mãe e viver a Doutrina que sua Mãe trouxe para a Terra. Nome imortal: Tia Neiva, Koatay 108! Todos nós temos na vida uma oportunidade de evolução. Esta oportunidade pode vir em um grande amor ou vem, muitas vezes, em uma grande dor. Deus, em sua grandeza, fez o Homem com sua mediunidade. Sim, o Homem médium. A mediunidade é um fator biológico. Ela corre no sangue, no coração, em se tratando de um Homem médium transcendental, que é o homem de muitas experiências. Sabemos que temos médiuns com os três reinos de sua natureza simetricamente bem divididos, e esta força lhes dá a faculdade de receber um Espírito de Luz e até mesmo um Anjo do Céu. Esse médium, esse homem, vive em todas as partes – nos bares, nas vias públicas, em um lado ou noutro sempre encontramos esse homem! Mil vezes encontramos esse homem que não quer se preocupar com sua origem transcendental e que, sofrido, não pode reclamar por isso. Porque Deus, em sua figura singular, vive a Sua presença em todos os instantes de nossas vidas, por todos os cantos do mundo. Em tudo há a Presença Divina! No entanto, estamos às portas de uma grande abertura luminosa, que somente este Homem de bagagem transcendental é capaz de assumir, porque só ele é capaz de conduzir e salvar os que vão restar... Dentre esta grande maioria, vejo que irão sobrar muito poucos! O Homem que tem os três reinos de sua natureza simetricamente divididos é o MISSIONÁRIO DA ÚLTIMA HORA, vindo de mil experiências no mundo, e por isso capaz de assimilar o desenvolvimento espiritual desta época. Porém, enquanto não chega este dia, que não sabemos quando com exatidão, vamos assumindo o trato que fizemos: AMOR, TOLERÂNCIA e HUMILDADE, principalmente nesta jornada que estamos enfrentando. Meu filho: este sacerdócio é a continuação de nossas vidas. Só temos uma alternativa! O quê será melhor? Viver morrendo aos poucos e vendo tudo perecer em nossa volta, ou viver na luta, criando amor em nosso redor? Tudo isso é o princípio e é o fim!... É fácil viver sem dificuldades, ensinando aos que não sabem viver. Hoje, meu filho, te parece difícil. No entanto, eu te garanto que é tão fácil amar a todos no amor incondicional, vendo nas coisas feias um bom sentido. Um missionário não luta contra seu irmão. Caminha sem desatinos, mesmo sem saber para onde vai, sem conhecer o seu destino. Onde não for desejado, procura ser afável, procura ser bom. Um Homem sempre precisa do outro. Ensine o amor a quem não sabe amar porque, filho, a MORTE é uma grande surpresa! Muitas vezes estamos de pé para uma grande jornada, pensando ser a luz de um grande sacerdócio, sem sabermos que, do outro lado, já estão sendo levantadas as portas de um poder nos chamando ao compromisso cabalístico eterno. Sim, filho, pelo nosso poder e pela Consagração Iniciática Cabalística sabemos que as forças da cabala são transmitidas por vibrações. Vejamos agora: é aplicado isto a tudo o que foi criado. Tudo emite vibrações, seja de natureza orgânica ou inorgânica. Essas vibrações são também chamadas ENERGIAS, fenômeno direto inteligente e material, ao mesmo tempo independente de nossa vontade e de nossa imaginação espontânea, de raciocínio, que rompe os músculos e liberta o espírito da cura. Sim, filho, estamos marchando para uma Nova Era. A luta do poder espiritual é terrível nos mundos espirituais e o Homem passa por grandes acontecimentos. Só mesmo a conscientização do espírito individual poderá te libertar dos fenômenos individuais. As lutas, as constantes guerras dos exus, eguns, são terríveis. Existem espíritos que já subiram para o sono cultural, isto é, tiveram a graça de serem retirados das Trevas por um padrinho. Sim, quando estamos em dificuldade, chamamos por nosso padrinho e ele, somente ele, pela graça de Deus, pode colocar seu afilhado no grau de sua evolução. Devemos admitir, então, que entre o afilhado e ser padrinho tudo pode acontecer. Tudo, inclusive uma mudança estrutural benéfica. Não te esqueças, filho, de que livre é o Homem que sabe amar! Somente o trabalho nos ergue e nos faz compreender que, enquanto trabalhamos com nossos irmãos, estamos em contato com Deus. Mil vezes, nunca reclames da luta e nunca reclames da paz! É preferível a esperança da busca à paz da resignação. Sim, filho, Jesus ilumine os nossos corações! Estamos na marcha evolutiva da Nova Era... Precisamos nos preparar! (Tia Neiva, 14.8.84)

· Filho, todos nós temos a CENTELHA DIVINA, que vem do além de Deus. Esta centelha é o CHARME. É também o nosso SOL INTERIOR, herança transcendental vinda dos grandes SIVANS, poder absoluto que traz, à Terra, os poderes da encarnação e reencarnação. Poder também da REINTEGRAÇÃO E DESINTEGRAÇÃO. É um poder perigoso para aqueles que não conhecem os raios da descarga magnética cósmica nuclear. SIVANS, HARPÁSIOS E TAUMANTES já assumiram muitas dores pelos estudos e incompreensões dos cientistas. Podem, muitas vezes, estar envolvidos num grande e potencioso caso sem conhecer, deslumbrados e sem nenhum conhecimento do que nos faz emitir dentro de nós uma força que não é nossa. Por exemplo, o poder da aparição de uma grande ESTRELA poderá trazê-la como trouxe naquela era distante. SÍVANS é uma grande estrela, mas emite mil AMACÊS, que trabalham em diversos lugares e em diversos outros planos. O maior trabalho é no seu próprio plano... O nosso Mestre ANODÃ quis levar aquele povo, que já estava preparado, e deixou que a AMACÊ entrasse ali e aquele povo tomasse uma lição, porque vieram para uma preparação, para se unir a um povo no futuro. Mas, como sempre, foi pouco o que puderam oferecer. Hoje se conta uma lição de uma vida que desapareceu. SÍVANS está a responder com suas AMACÊS às heranças transcendentais, emitindo de uma vida para outra, afirmando que a constituição de um homem não resiste às descargas magnéticas cósmicas nucleares. Agora, sim estamos preparados para uma grande concentração. Teremos que viver com o corpo físico, teremos que enfrentar a futura dimensão que nos espera. Será que seremos nós os mais avançados? De fato, não sabemos, nem a minha clarividência, tem certeza até então. Sei também, de muitas vidas no grande caminho de Deus. Será que alcançaremos os nossos irmãos e saberemos falar com eles? Na verdade, quem sabe o que vamos fazer? É o homem na sua individualidade. As cargas magnéticas já começam a estremecer o grande Solar. Cairão todos, se não tiverem o amor incondicional, o amor em Deus Pai Todo Poderoso. Homens pequenos, homens maiores, todos irão se levantar buscando encontrar o seu destino e, juntos, teremos que encontrar os nossos destinos. Sabe Deus o que nos espera se sairmos desta concentração que nos divide e nos segura, nos afirmando a nossa constituição. Sabemos que tudo o que pegamos é a forma do menino Jesus. Poderemos ser imortais, vivermos horas após hora, se tivermos todas as consagrações que nos darão forças para chegarmos à partida física e evangélica. Lembra, filho, que toda a minha ambição é querer ficar bem entendida sobre as heranças transcendentais. Sabemos que a reencarnação só agora está chamando a atenção da mente humana, e não tem nenhum esclarecimento que o homem não possa reencarnar. E os que conhecem a reencarnação não falam no processo da reencarnação como, em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo, eu conheço. A este respeito eu tenho um quadro belíssimo na grande Sívans, que traz a mensagem da reencarnação. Porque Sívans, meu filho, é uma das estrelas mais desenvolvidas, mais esotéricas, que não se cansa de emitir a sua grande projeção a nós Jaguares. Nos atende todos os dias e já apareceu fisicamente para nós no dia 16 de junho de 1982, às 22 horas. Sim, filho, venho ensinando que o homem recebe de Deus para sua encarnação a CENTELHA DIVINA, que sai de uma estrela, onde faz a sua cultura. Ele vem até à Terra, escolhe a sua mãe, volta e recebe a CENTELHA DIVINA, que é uma energia extra-etérica, que nos sustenta no nosso plexo até a nossa volta e que vai enterrada junto ao corpo físico, sempre zelado por alguém. Ora sai dali, ora fica ali mesmo, até que o dono possa voltar à Terra para as curas de suas enfermidades, de seus entes queridos, isto quando o homem foi bom. Automaticamente, ele vai recebendo. E havendo o que houve com os Jaguares missionários foi diferente. Graças a Deus! Digo, meu filho, o Jaguar trabalhando bem, eu não entendo porque ainda sofre as intempéries do seu carma, como sofreram. O homem, com todo a diferença pode ser um homem rico, rico que eu digo é aquele que tem a sua realização na vida material e espiritual. Como sofreu aquela gente naquela noite nefanda. Todo mundo dançava e cantava a sua divina festa. Sim, meu filho, o místico do magnético explodia no corpo daquela gente, enquanto ANODÃ formava o seu canto, e todos iam se deslocando do corpo cheios de lucidez e se perguntavam entre eles suas razões, tudo o que podiam explicar naquela hora, que estava acontecendo. Era, então, o extraordinário, a desintegração total. Ali, procurando seus corpos, sem paixões, sem desatinos, era o inevitável, uns desesperados, outros se reajustando. Faltou inteligência e a prática daquele precioso mestre. Será que faltou? Não sei por quanto tempo aquele povo ficou ali em corpo fluídico. Foi preciso que se retirassem as grandes aspirais que não tiveram a glória de serem enterradas juntos aos corpos para que elas deixassem de alimentar o corpo fluídico, correndo o perigo de novas alucinações. Parece que quando falamos deste tempo não havia civilização. No entanto, muitas tribos viviam, inclusive, já usavam a energia nuclear e sempre estavam a perecer, sempre... sempre... Sim, filho, são realmente um perigo estas descargas magnéticas nucleares, em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo, a quem entreguei meus olhos, nos diz Amanto, aqui, E parece, filho, que estamos nesta época com o mesmo castigo das descargas nucleares. Porém, não tinha dito o perigo da força nuclear. E porque estou falando tanto? É querendo prepará-los pelas mensagens de Pai Seta Branca de 1980. Digo, filho, que já demos um passo muito grande nesta última consagração de ENLÊVO. Quando pensamos em trabalhar com esta estrela, os seus poderes já nos traziam a preparação física do nosso SOL INTERIOR. Ciente do que somos, temos sete raios que é a CABALA viva e resplandecente, dentro de nós. Salve Deus, meu filho! Esta carta traz o primeiro passo do que poderemos compreender da vida fora a matéria. (Tia Neiva, 21.8.85)


PECADO
Geralmente, o termo pecado é usado para definir a transgressão de preceitos religiosos, morais e sociais, sendo inerente aos espíritos menos desenvolvidos, com padrão vibratório muito negativo e gerando aura (*) densa, propiciando, por afinidade, a atuação do Vale das Sombras. É, na verdade, o exercício de uma ação livre, originada na sede do “Eu” (*), que se opõe à própria Natureza e à Lei Crística, determinando, pela Lei de Causa e Efeito, retorno com perturbações do equilíbrio, da harmonia e, consequentemente, com sofrimento. Desde os tempos bíblicos, o pecador era aquele que violava o costume dominante, que perturbava a ordem da comunidade. O sentido de pecado não existe na nossa Corrente. Para nós, o pecado é uma transgressão da Lei Divina, vindo a ser, por extensão, algo contrário à moral, à ética e à sociedade. Sabemos que tudo decorre de situações criadas pela individualidade e que são projetadas na personalidade, sendo, assim, deficiências do estágio espiritual do indivíduo, induzidas por sua própria mente ou sugestionadas por cobradores. O pecado difere do simples erro porque é consciente. A pessoa sabe que está errada, sua consciência a acusa, mas, por diversos motivos, ela continua vivendo a sua transgressão. Não é fácil libertar o pecador. Muitos trabalhos, muitas vibrações direcionadas a ele, tudo ajuda mas é preciso que ele mesmo se conscientize de seus erros para, então, começar a se aproveitar de qualquer ajuda. Foram listados, desde a antigüidade, os 7 Pecados Capitais:
AVAREZA – Apego demasiado ao dinheiro e às coisas materiais, gerando a falta de generosidade e a mesquinhez. É o amor descontrolado pelas riquezas, especialmente pelo dinheiro, causando o apego à posse do dinheiro por si mesma. Tem três componentes básicos: um interior – o apego desordenado – e dois exteriores – a busca sôfrega e a retenção tenaz. Opõe-se à prodigalidade e à virtude da liberalidade. Estimula a ligação dos espíritos, após o desencarne, com objetos e outros valores puramente materiais aos quais se apegaram quando ainda em vida.
GULA – Satisfação descontrolada do sentido do paladar e apego excessivo à comida e à bebida. O Homem fica escravo das lautas refeições, exagerando na quantidade e na qualidade da sua alimentação, desperdiçando tempo e dinheiro na satisfação de suas exigências alimentares. A gula gera degeneração da sensibilidade espiritual e euforia descontrolada.
INVEJA – Pesar ou desgosto pela felicidade e realizações dos outros e desejo violento de possuir bens de outras pessoas ou receber honrarias e prêmios conquistados pelos outros. Induz o Homem a ficar triste com o bem ou a se alegrar com o mal de seus irmãos, levando-o a atos desastrosos, a destruir vidas e faz com que ele busque anular ou inutilizar os esforços de progresso moral e material daqueles que estão ao seu redor. A inveja é poderoso veneno que destrói a mente por sua própria vibração (*): aquele que é invejoso, ao desejar a queda de seu irmão, emite uma vibração de ódio que, pela Lei de Causa e Efeito, a ele retorna, com a mesma intensidade, fazendo com que sua vida se torne um rosário de dores. Complexado e desajustado, o invejoso tenta destruir o que seu irmão conseguiu, o que ele gostaria de conseguir mas não tem capacidade nem força de vontade para tal. O invejoso é o Homem sem potencial e sem confiança que deseja, apenas, ver-se livre daquele que, a seu ver, obstrui sua personalidade vazia. Não admite que alguém realize alguma obra de valor, que alguém se destaque, enfim, só pensa em sua própria projeção. A inveja é uma falha na própria individualidade, que se projeta na personalidade, fazendo com que o Homem se torne incapaz de assimilar as condições básicas de convivência e de fraternidade.
IRA – Cargas de ódio, raiva, indignação, rancor, desejos de vingança - características de um sentimento negativo que impele o indivíduo a causar ou desejar mal a alguém, propensão muito acentuada nos espíritos de baixo padrão vibratório para a violência e a vingança. É uma reação violenta e desordenada para com pessoas, animais, seres inanimados e objetos, que são causadores de algum tipo de contrariedade para quem emana o ódio. Este sentimento é altamente prejudicial para o próprio ser, causando seu aviltamento e traduzido por palavras, gestos e pensamentos pouco dignos, moralmente condenáveis, levando a tristes quadros. Quantos espíritos desencarnam no ódio, e ficam presos, por suas próprias vibrações, em pesadas camadas, vibrando naqueles a quem odeia, muitas vezes se transformando em elítrios (*) e perdendo várias encarnações pela cegueira de que são acometidos. Cobradores (*) e obsessores (*) vivem nestas baixas vibrações, e muitos são atraídos pela energia emanada pelo Homem encarnado que vibra seu ódio, complicando seu quadro e gerando fantástica força negativa, de alto poder destruidor.
LUXÚRIA – Dissolução de costumes morais, devassidão, corrupção, gerando assédios sexuais e prostituição. Uso diversificado das funções sexuais, buscando tão somente um sentimento erótico-emotivo, afastado da razão e da pureza do sexo natural e harmônico. Tradicionalmente incluem-se como espécies de luxúria: fornicação, estupro, rapto, adultério, incesto, sacrilégio, onanismo, masturbação, homossexualidade e bestialidade. Com o desenvolvimento de estudos modernos, a lista diminuiu, por conta do aprofundamento dos componentes psicodinâmicos de cada um desses tipos de atividade sexual. Separada dos sentimentos do espírito, a luxúria revela apenas aspectos do desvio sexual, que passa a ser apenas atividade instintiva.
SOBERBA – Arrogância, orgulho excessivo, presunção, sentir-se superior aos demais, olhar todos como se estivesse muito acima deles. É o amor desordenado de si mesmo, que produz uma vibração extremamente negativa, impedindo o sentimento de solidariedade e de compaixão. Tem, conforme suas características, diversas formas de manifestação: presunção – julgar-se acima do que realmente é; ambição – perseguir honras e posições indevidas; vanglória – exibicionismo da própria excelência, real ou imaginária; vaidade – a preocupação exibicionista com coisas de pequena importância; jactância – exagero das palavras na ação de feitos reais ou imaginários; ostentação – exagero das ações e demonstrações de riquezas materiais; e hipocrisia – simulação de virtudes e sentimentos.
VAIDADE – Embora incluída entre as formas de soberba, a vaidade assume destaque como um pecado largamente difundido. É o desejo imoderado de atrair a atenção dos outros; presunção de quem pensa que está conquistando admiração e homenagens. O vaidoso se acha o mais sábio, o mais bonito, o mais correto, o melhor em tudo, constituindo-se no caminho mais fácil para os abismos profundos. Estimulando a vaidade, nossos cobradores conseguem influenciar nossos espíritos de forma extremamente negativa. Vemos mestres que só trabalham se estiverem no comando, ninfas que só comparecem aos rituais onde irão fazer emissão e canto, médiuns que, esquecidos da natureza espiritual de suas missões, se prendem somente aos aspectos físicos de suas atuações, perseguindo classificações e posições de destaque na Corrente, sem consciência das qualificações realmente necessárias para ocupar esses postos. Atuam somente no plano horizontal, esquecidos da Espiritualidade com que teriam que se ligar no plano vertical, que exige a simplicidade, a humildade e a perfeita conduta doutrinária.

domingo, 21 de março de 2010

JESUS-PARTIDA EVANGÉLICA


Atendendo às diretrizes da Espiritualidade, Koatay 108, em abril de 1973, logo após a Consagração do 1. de Maio, decidiu iniciar uma nova fase na nossa Doutrina, lembrando as palavras de Pai Seta Branca em sua mensagem de 31.12.80: “Jaguar, meu filho, alertai! Poderás caminhar em praias desertas, sem te encontrares com um irmão... Poderás atravessar um castelo sem te encontrares com o dono que te deu o endereço... (...) O Homem é uma entidade espiritual que só pode ser feliz conhecendo o caminho de volta ao seu lar espiritual, de sua origem, o seu reino, a personalidade em Deus. O processo para se voltar ao Supremo é um ramo de conhecimento diferente e é preciso aprendê-lo no Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo!” Ela fez uma carta que explica nossa Partida Evangélica:
· “Filhos: Agora eu quero a vida evangélica: vamos, agora, fazer algumas renovações e enfrentar as coisas que eu nunca tive oportunidade de fazer. Quero uma nova distribuição de mestres para um curso evangélico. Teremos novas instruções para esses mestres e irei formar novos instrutores para o Desenvolvimento de médiuns a caminho das Iniciações. Estes terão que adquirir conhecimentos evangélicos, onde se tratará de Jesus ou de Sua vida. Serão conhecimentos de precisão, com mestres escolhidos com muito amor. Quero Jesus, o Caminheiro; quero Jesus, o Nazareno; quero Jesus redivivo; quero Jesus de Reili e Dubale. Eu não gosto que falem em Jesus crucificado. Quem somos nós para entrarmos nesse mérito? Jesus crucificado, ao lado do bom ladrão e do mau ladrão. Na maioria, os Homens só dão valor a Jesus por ter sido crucificado, e muitos já querem, também, se libertar do Jesus crucificado, dizendo que Ele tinha corpo fluídico. Não é verdade: Jesus passou por todas as dores do Homem físico da Terra. Não gosto que falem em Jesus crucificado porque poucos entendem, poucos sabem de Sua dor! Sabemos que Ele olhava para o Céu e estava perto de Deus, naquele grande cenário. Porém, olhando para baixo, sentiu-se entristecido ao ver o regozijo dos planos inferiores, a incompreensão daqueles que o olhavam sofrer na cruz. Jesus chorou porque, subindo tão alto, deixando seus irmãos na individualidade, viu que eles ainda não acreditavam que era Ele, realmente, o Messias, obedecendo às leis de Deus Pai Todo Poderoso. Exato: os Homens, há pouco, Lhe haviam permitido tudo, pensando ser Ele um rei, mas igual a um rei deste mundo físico. Entramos com a filosofia de Mãe Yara, que nada é obrigatório. O povo daquela época não raciocinava como se aquela atitude de Jesus fosse de humildade. Raciocinava, sim, como se fosse uma falta de força. Continuando com a filosofia de Mãe Yara, até hoje Deus não nos quer obrigado às doutrinas. O Homem só tem confiança no outro quando o vê com uma força maior. Longe estavam de sentir o poder de Jesus e, então, nos diz Mãe Yara: O Homem deixa sua grande força e vai buscar outra força, uma pessoa que, às vezes, nada promete. Assim, ele não permite que seu sexto sentido faça uma análise do seu Sol Interior, nos três reinos de sua natureza, rejeitando, na sua vida, a busca do que é seu. Jesus veio com todo aquele sofrimento e deixou que cada um o analisasse por si mesmo, em sua própria filosofia. O que eu quero é que vocês se conscientizem em Jesus, no Seu amor que era tão grande. Foi tão grande, é tão grande, e veio parta nos mostrar que a felicidade não é somente neste mundo. Meu filho Jaguar! Neste mundo de provações, num mundo onde as razões ainda se encontram, a cada dia nos afloram novos pensamentos, novas lições. Porém, os planos espirituais ainda não conseguiram apagar as imagens de Jesus crucificado. Aqui no plano físico, desde quando foi escrito o Santo Evangelho, seus ensinamentos são iguais e, até hoje, ninguém se atreveu a mudá-los. O Homem ama pela força perceptível e receptível. Ninguém acredita na ressurreição dos mortos e, sim, na ressurreição do espírito vivo, mais alto que o Céu! O Homem só quer crer nas alturas, acima do seu olhar... Estamos no limiar do Terceiro Milênio e temos que afiar nossas garras! É hora da religião, do desintegrar das forças, e não podemos nos esquecer, por um só momento, da figura de Jesus, o Caminheiro, e de Seu Santo Evangelho. E para que sejamos vivos ao lado de Jesus, temos que respeitá-Lo em todos os sentidos e, no sentido religioso, temos que respeitar as tradições, porque a religião exige o bom propósito moral e social. Assim, a única maneira que podemos dizer é: vivemos num mundo onde as razões se encontram. No descortinar da minha mediunidade, minha instrutora - Mãe Yara - não me deixou cair no plano de muitos, e me advertia a toda hora. Eu podia sofrer, mas Mãe Yara e Pai João não me deixavam sem aquelas reprimendas. Não tinha importância que eu sofresse, desde que minha obra seguisse seu curso normal e eu fosse verdadeira. Em 1958, eu estava no auge de minhas alucinações, como diziam as demais pessoas que me conheciam. Quando eu trabalhava na NOVACAP, um dia me sentei num restaurante, porque me distanciara de casa. Estava conversando com três colegas e falávamos sobre nosso trabalho. Entramos no Maracangalha, um restaurante da Cidade Livre. Trouxeram uma travessa com bifes, por sinal muito bonitos. E era sexta-feira da Paixão! Eu tinha os princípios da Igreja Católica, mas nada levei em consideração e coloquei o bife no prato. Naquele instante (na vibração e na desarmonia em que eu vivia), ouvi uns estampidos e vi Mãe Yara. “Filha - disse Ela - continuas como eras... Já estás tão desajustada que esqueces dos princípios da Igreja Católica Apostólica Romana? Alerta-te! Cuida dos teus sentimentos. O dia de hoje representa, em todos os planos, os mesmos sentimentos por Jesus crucificado. Em todos os planos deste Universo que nos é conhecido sentimos respeito! Filha, está na hora: devolva o teu bife para a travessa do restaurante!” Eu estava na companhia de três pessoas, como já disse, e vi que não comiam a carne. Eles ainda não acreditavam em mim, entre a mediunidade e a loucura... “Coma amanhã - continuou Mãe Yara -. Não irás mais festejar as incompreensões, as fraquezas daquele pobre instrumento que foi Judas!...” Naquele instante comecei a pensar. Começaram a passar por minha cabeça imagens de Judas, que vendeu Jesus por trinta dinheiros. Mãe Yara, alheia aos meus pensamentos, continuava: “Judas não foi um traidor. Foi, sim, um supersticioso. Na sua incompreensão, acreditou ser Jesus um líder político. Judas tivera grandes oportunidades de conhecer Jesus, pois O acompanhava desde sua chegada do Tibet.” Nesse período, como já nos esclarecera Mãe Yara anteriormente, Jesus passou dos 12 aos 30 anos nos Himalaias, para onde fora levado com a permissão de Maria e José, Seus pais. Lá, Ele fora iniciar-se junto às Legiões em Deus Pai Todo Poderoso e formar o que hoje conhecemos como Sistema Crístico, os mundos etéricos. De lá Ele voltaria para o início da Sua tarefa doutrinária evangélica. Foi quando Jesus chamou aqueles humildes pescadores para serem pescadores de almas, e que viriam a ser em número de doze, estando Judas entre os escolhidos. Junto a Jesus, Judas sofreu humilhações nas sinagogas, quando os rabinos voltaram as costas para ele... Enfim, quantas lições recebidas, fenômenos testemunhados!... Mas só os pobres e os miseráveis O conheciam, analisava Judas em sua incompreensão, já cansado das perseguições naquela época, e pensando que, ao forçar um confronto entre Jesus e os homens que O perseguiam, Jesus, com um simples olhar, colocaria por terra toda aquela gente. Pensava, assim, forçá-Lo a usar os Seus poderes e ser, realmente, o rei do mundo. Lembrou-se, também, de quando foram convidados por Jesus para O acompanharem e que o dia estava ruim para pescar, e o Amado Mestre, atirando a rede sobre as águas, a trouxe cheia de peixes. Enfim, Judas não acreditaria que o Grande Mestre passaria por todas aquelas humilhações. Porém, não foi assim. O que viu foi Jesus ser amarrado e, a pontapés, ser levado à presença de Pôncio Pilatos... Não foi remorso. Foi um grande arrependimento, uma grande dor por não haver compreendido a grande missão de Jesus que o levou, chorando, pensando, a enforcar-se numa figueira. Formou-se um temporal, o céu escureceu, como escureceu sua própria alma. Por que vamos rir, festejar a sua grande desgraça? Entre os diversos conceitos da Igreja que nós respeitamos e, como se tornou uma tradição em todos, ou quase todos sacerdócios, digo: nós não comemos carne às quintas e sextas-feiras da Semana Santa. Nós respeitamos esses conceitos. Eles não nos atrapalham em nossa vida evangélica. E respeitamos as tradições da Igreja Católica, que foi a base de todas as religiões. Veja até onde vai a superstição do Homem, veja o que aconteceu quando um grupo de mestres distribuiu suas forças e poderes de Magia, de sábios conhecimentos permitidos por Deus. Todos já ouviram falar em homens que recitavam a vida dos outros, que levantavam móveis, enfim, realizavam fenômenos e de que não vamos entrar no mérito agora. Um desses homens, muito sábio, sabia que levantava móveis, podia até mesmo fazer voar a sua tenda, mas viu que não curava a si mesmo, que as curas eram muito relativas. Ele tinha uma enorme ferida na perna e sabia que existiam muitas espécies de mediunidades, de forças. Sim, existem muitas espécies e, para ser mais prática, como sendo o Doutrinador e o Ajanã, que têm força universal, têm uma espécie de força de cura para perturbações do espírito ou limpeza das vidas materiais. E é assim, também, com outros tipos de curas. Sim, falamos em força universal. Esta expressão está sendo mal atribuída no nosso tempo. Os Pretos Velhos falam em força universal e muitos pensam que ter essa força é ter duas mediunidades. Não é verdade! A força universal é a de um médium - digamos, um Doutrinador - com uma espécie de força que cura todas as enfermidades. Veja isso num Apará, distribuindo bem a sua mediunidade. No Homem, é bem distinta essa força. O velho sábio supersticioso tinha força universal, mas não acreditava na força do carma. E aquela ferida nada mais era do que a voz do seu carma! Então, o velho sábio soube de um homem que curava, e se encaminhou para ele. Não sabia ele que ali em sua tenda, estava sob a regência da Lei do Auxílio, e sua perna, ali mesmo, recebia as gotas do prana. O velho sábio, incrédulo à sua própria força, partiu ao encontro do famoso curador. Era longe. No caminho, sua perna doía. As gotas de prana, não o encontrando na tenda, voltavam. Com muitas dificuldades, chegou lá e qual não foi sua surpresa dolorosa: a casa do curador estava cheia de outros sofredores, como ele, ali também lhe pedindo a misericórdia da cura. Foi quando o velho curador se aproximou dele e falou: “Meu Deus! Eu estava com uma ferida na perna, morrendo de dor, pensando em ir atrás do velho sábio de Venal, e ei-lo que chega! Eu já estou curado, já cicatrizou a ferida. Graças a Deus, estou bom! Oh, graças me foram dadas! Meu mestre de Venal, em que lhe posso ser útil?” O nosso velho sábio, olhando de um lado para outro, pensava: havia se preocupado somente com a sua própria dor! É verdade, filho: cada fracasso de nossa vida nos ensina o que necessitamos aprender. Ajude a todos sem fazer exigências, confiando primeiramente nessa força que vive dentro de você, porque a fé em você mesmo firma a sua personalidade. Volte-se para si mesmo. Resolva os seus problemas sozinho. Escolha os seus amigos. Com a sua mente calma melhor poderá sentir os seus instintos, a sua capacidade, onde você poderá chegar e vencer a si mesmo. Conhecemos a Vida quando conhecemos a Morte! Então, o velho sábio, levantando as mãos, exclamou: “Oh, meus Deus, perdoa-me por duvidar da minha própria força!” E, envergonhado, sem coragem de olhar para o Céu e sentir o olhar de Deus, se entregou à sua força e pediu ao velho curador que trouxesse toda aquela gente para atendê-los, se aproveitando do prana. Enquanto isso, passava por sua mente: “Oh, Deus Pai Todo Poderoso! Seja feita a Sua santa vontade. Deixa que doa a minha ferida, que eu me levante do meu orgulho de sábio a caminho de Deus... Dá-me forças para que eu possa curar. Não tire minha ferida!” Quando viu, as pessoas já estavam curadas e ele, também curado, caminhava. (...) Estamos em alto conceito nos Oráculos de Obatalá e de Olorum. É chegada a hora de movimentar nossa força. Temos um Sol Simétrico. Somos remanescentes de Amom-Ra e, portanto, temos que viver na simetria deste Sol. Não podemos nos afastar do que é nosso, não podemos, absolutamente, trabalhar inseguros. Vivemos em um mundo onde as razões se encontram e a grandeza desta Corrente Mestra é a segurança de uma verdade sã e pura. Onde estivermos, aqui neste mundo, viveremos todo este acervo. Não é para buscar provas ou coisas que a valham. Provamos com nossa perseverança e com os fenômenos espontâneos trazidos pelos nossos Mentores. Passamos o tempo de brincar. Vivemos sob a aura da Natureza, respiramos o seu aroma, sentimos que somos diferentes da constituição dos demais. Só Deus conhece Deus, nos revelou um sábio do nosso Terceiro Sétimo! A vida de Deus é a nossa vida, e com Ele vibramos com amor e integridade! É chegada a nossa hora! Estamos pisando no limiar do Terceiro Milênio. Sei que seremos nós os primeiros a socorrer a pressão provocada pelos grandes fenômenos que virão, que surgirão. Sim, surgirão de muitos planos da Terra, nos horizontes das águas e, também, luzes, mil luzes que, junto a nós, nos ajudarão. A vida, filhos, se tornará além das nossas forças, das nossas dores... Não se esqueça, filho, da multiplicação do seu coração. Não cresça em si mesmo. Procure, sempre, ser pequeno para caber no coração dos demais. Cuide de si mesmo: o Homem só sabe que está evoluindo quando deixa de se preocupar com os malfeitos do seu vizinho.” (Tia Neiva, 27.4.83)
(Tirado do acervo Tumarã) em cd no portal do amanhecer
1º TEMPLO VIRTUAL ESPIRITUAL DA OSOEC - Mestres ensinando Mestres

sexta-feira, 19 de março de 2010

REUNIÃO GERAL DIA 21.03, COM O ADJUNTO JURUMÊ - POVO JURUMÊ DO AMANHECER


POVO JURUMÊ:

IRMÃOS JAGUARES, SALVE DEUS!

REUNIÃO GERAL

O nosso Adjunto Jurumê, Mestre Manuel Silva, convida todos os seus componentes para uma Reunião Geral, designada para DOMINGO, 21/03/2010, às 15h, objetivando tratar de assuntos de grandiosa importância para nossa comunidade, relacionados à Inauguração do Turigano e às Consagrações Mediúnicas.
Salve Deus!