quarta-feira, 24 de março de 2010


PECADO
Geralmente, o termo pecado é usado para definir a transgressão de preceitos religiosos, morais e sociais, sendo inerente aos espíritos menos desenvolvidos, com padrão vibratório muito negativo e gerando aura (*) densa, propiciando, por afinidade, a atuação do Vale das Sombras. É, na verdade, o exercício de uma ação livre, originada na sede do “Eu” (*), que se opõe à própria Natureza e à Lei Crística, determinando, pela Lei de Causa e Efeito, retorno com perturbações do equilíbrio, da harmonia e, consequentemente, com sofrimento. Desde os tempos bíblicos, o pecador era aquele que violava o costume dominante, que perturbava a ordem da comunidade. O sentido de pecado não existe na nossa Corrente. Para nós, o pecado é uma transgressão da Lei Divina, vindo a ser, por extensão, algo contrário à moral, à ética e à sociedade. Sabemos que tudo decorre de situações criadas pela individualidade e que são projetadas na personalidade, sendo, assim, deficiências do estágio espiritual do indivíduo, induzidas por sua própria mente ou sugestionadas por cobradores. O pecado difere do simples erro porque é consciente. A pessoa sabe que está errada, sua consciência a acusa, mas, por diversos motivos, ela continua vivendo a sua transgressão. Não é fácil libertar o pecador. Muitos trabalhos, muitas vibrações direcionadas a ele, tudo ajuda mas é preciso que ele mesmo se conscientize de seus erros para, então, começar a se aproveitar de qualquer ajuda. Foram listados, desde a antigüidade, os 7 Pecados Capitais:
AVAREZA – Apego demasiado ao dinheiro e às coisas materiais, gerando a falta de generosidade e a mesquinhez. É o amor descontrolado pelas riquezas, especialmente pelo dinheiro, causando o apego à posse do dinheiro por si mesma. Tem três componentes básicos: um interior – o apego desordenado – e dois exteriores – a busca sôfrega e a retenção tenaz. Opõe-se à prodigalidade e à virtude da liberalidade. Estimula a ligação dos espíritos, após o desencarne, com objetos e outros valores puramente materiais aos quais se apegaram quando ainda em vida.
GULA – Satisfação descontrolada do sentido do paladar e apego excessivo à comida e à bebida. O Homem fica escravo das lautas refeições, exagerando na quantidade e na qualidade da sua alimentação, desperdiçando tempo e dinheiro na satisfação de suas exigências alimentares. A gula gera degeneração da sensibilidade espiritual e euforia descontrolada.
INVEJA – Pesar ou desgosto pela felicidade e realizações dos outros e desejo violento de possuir bens de outras pessoas ou receber honrarias e prêmios conquistados pelos outros. Induz o Homem a ficar triste com o bem ou a se alegrar com o mal de seus irmãos, levando-o a atos desastrosos, a destruir vidas e faz com que ele busque anular ou inutilizar os esforços de progresso moral e material daqueles que estão ao seu redor. A inveja é poderoso veneno que destrói a mente por sua própria vibração (*): aquele que é invejoso, ao desejar a queda de seu irmão, emite uma vibração de ódio que, pela Lei de Causa e Efeito, a ele retorna, com a mesma intensidade, fazendo com que sua vida se torne um rosário de dores. Complexado e desajustado, o invejoso tenta destruir o que seu irmão conseguiu, o que ele gostaria de conseguir mas não tem capacidade nem força de vontade para tal. O invejoso é o Homem sem potencial e sem confiança que deseja, apenas, ver-se livre daquele que, a seu ver, obstrui sua personalidade vazia. Não admite que alguém realize alguma obra de valor, que alguém se destaque, enfim, só pensa em sua própria projeção. A inveja é uma falha na própria individualidade, que se projeta na personalidade, fazendo com que o Homem se torne incapaz de assimilar as condições básicas de convivência e de fraternidade.
IRA – Cargas de ódio, raiva, indignação, rancor, desejos de vingança - características de um sentimento negativo que impele o indivíduo a causar ou desejar mal a alguém, propensão muito acentuada nos espíritos de baixo padrão vibratório para a violência e a vingança. É uma reação violenta e desordenada para com pessoas, animais, seres inanimados e objetos, que são causadores de algum tipo de contrariedade para quem emana o ódio. Este sentimento é altamente prejudicial para o próprio ser, causando seu aviltamento e traduzido por palavras, gestos e pensamentos pouco dignos, moralmente condenáveis, levando a tristes quadros. Quantos espíritos desencarnam no ódio, e ficam presos, por suas próprias vibrações, em pesadas camadas, vibrando naqueles a quem odeia, muitas vezes se transformando em elítrios (*) e perdendo várias encarnações pela cegueira de que são acometidos. Cobradores (*) e obsessores (*) vivem nestas baixas vibrações, e muitos são atraídos pela energia emanada pelo Homem encarnado que vibra seu ódio, complicando seu quadro e gerando fantástica força negativa, de alto poder destruidor.
LUXÚRIA – Dissolução de costumes morais, devassidão, corrupção, gerando assédios sexuais e prostituição. Uso diversificado das funções sexuais, buscando tão somente um sentimento erótico-emotivo, afastado da razão e da pureza do sexo natural e harmônico. Tradicionalmente incluem-se como espécies de luxúria: fornicação, estupro, rapto, adultério, incesto, sacrilégio, onanismo, masturbação, homossexualidade e bestialidade. Com o desenvolvimento de estudos modernos, a lista diminuiu, por conta do aprofundamento dos componentes psicodinâmicos de cada um desses tipos de atividade sexual. Separada dos sentimentos do espírito, a luxúria revela apenas aspectos do desvio sexual, que passa a ser apenas atividade instintiva.
SOBERBA – Arrogância, orgulho excessivo, presunção, sentir-se superior aos demais, olhar todos como se estivesse muito acima deles. É o amor desordenado de si mesmo, que produz uma vibração extremamente negativa, impedindo o sentimento de solidariedade e de compaixão. Tem, conforme suas características, diversas formas de manifestação: presunção – julgar-se acima do que realmente é; ambição – perseguir honras e posições indevidas; vanglória – exibicionismo da própria excelência, real ou imaginária; vaidade – a preocupação exibicionista com coisas de pequena importância; jactância – exagero das palavras na ação de feitos reais ou imaginários; ostentação – exagero das ações e demonstrações de riquezas materiais; e hipocrisia – simulação de virtudes e sentimentos.
VAIDADE – Embora incluída entre as formas de soberba, a vaidade assume destaque como um pecado largamente difundido. É o desejo imoderado de atrair a atenção dos outros; presunção de quem pensa que está conquistando admiração e homenagens. O vaidoso se acha o mais sábio, o mais bonito, o mais correto, o melhor em tudo, constituindo-se no caminho mais fácil para os abismos profundos. Estimulando a vaidade, nossos cobradores conseguem influenciar nossos espíritos de forma extremamente negativa. Vemos mestres que só trabalham se estiverem no comando, ninfas que só comparecem aos rituais onde irão fazer emissão e canto, médiuns que, esquecidos da natureza espiritual de suas missões, se prendem somente aos aspectos físicos de suas atuações, perseguindo classificações e posições de destaque na Corrente, sem consciência das qualificações realmente necessárias para ocupar esses postos. Atuam somente no plano horizontal, esquecidos da Espiritualidade com que teriam que se ligar no plano vertical, que exige a simplicidade, a humildade e a perfeita conduta doutrinária.

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